Postagens

Projeto de lei que afrouxa controle de agrotóxicos é polêmica na Câmara

Imagem
'Do jeito que o projeto está, a gente vai comer ainda mais veneno do que a gente já come diariamente', diz ativista do Greenpeace. Uma comissão especial da Câmara dos Deputados não conseguiu votar, nesta terça-feira (8), um projeto de lei que alivia o controle do uso de agrotóxicos no país. O projeto é criticado por autoridades da área da saúde e por ambientalistas. Foi uma sessão tumultuada. Assunto que divide ambientalistas e a bancada ruralista, a principal interessada no projeto. A proposta original foi apresentada em 2002 pelo então senador, Blairo Maggi , do Progressistas, que hoje é o ministro da Agricultura. O relator Luiz Nishimori, do PR , defende a substituição da atual lei dos agrotóxicos por uma proposta que, segundo ambientalistas e profissionais da área da saúde, tem como objetivo aliviar o controle sobre o uso de pesticidas. O deputado argumenta que a legislação está defasada e impõe muita burocracia ao setor. “Lei que se trata dos defensivos agrícolas que foi

Repúdio ao 'pacote do veneno', que pode reduzir o controle sobre agrotóxicos

Imagem
Gigantescas multinacionais faturam 10 bilhões de dólares por ano vendendo agrotóxicos no Brasil. Em 15 anos o faturamento delas cresceu quase 400% A associação dos interesses do agronegócio aos da indústria de agrotóxicos vem, há alguns anos, envenenando cada vez mais o Brasil. Às custas da saúde e, portanto, da vida de brasileiras e brasileiros, tem multiplicado a fortuna dos fabricantes de morte. Gigantescas multinacionais faturam 10 bilhões de dólares por ano vendendo agrotóxicos no Brasil. Em menos de 15 anos, o faturamento delas aqui cresceu quase 400%, enquanto a quantidade de veneno vendida aumentou 188%. Nada menos do que 1.850 agrotóxicos estão registrados no país. E, contado apenas o período 2015-2017, foram importados para o Brasil 14 venenos agrícolas extremamente tóxicos e altamente perigosos ao meio ambiente. Esses dados ficam ainda longe de expor o cenário tenebroso em que se dão o comércio e o uso de agrotóxicos. Parte desse cenário aparece em auditoria da Secretaria d

Com incentivo do governo, Brasil lidera uso de agrotóxicos que matam 184 por ano

Imagem
Isenção fiscal do PIS, redução de 60% no ICMS e limite alto para contaminação da água explicam o uso em massa de veneno Desde 2008, o Brasil é o principal consumidor de agrotóxicos do planeta, representando 20% do total mundial, e o impacto desse uso vai além da produção de alimentos agrícolas em larga escala, que não signfica melhoria na oferta de alimentos para os brasileiros, pelo contrário, a prática do uso de agrotóxicos é responsável por um número alto de mortes todos os anos. Ada Cristina Pontes Aguiar, professora da Universidade Federal do Cariri (UFCA) e participante do Núcleo Trabalho Meio Ambiente e Saúde (TRAMAS) da Universidade Federal do Ceará (UFC), afirma que “é um problema estrutural, há um alto incentivo aos agrotóxicos - inclusive em relação aos impostos”. O governo brasileiro concede redução de 60% do ICMS (imposto relativo à circulação de mercadorias), isenção total do PIS/COFINS (contribuições para a Seguridade Social) e do IPI (Imposto sobre Produtos

SUBNOTIFICAÇÃO DE CASOS DE INTOXICAÇÃO POR AGROTÓXICOS EM RONDÔNIA É GRAVE, ALERTA AGEVISA

Imagem
Somente este ano ocorreram 91 casos, dos quais, dois óbitos no município de Cacoal, informou na terça-feira (5) a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa). Subnotificações de casos de intoxicações por agrotóxicos seguem desafiando a saúde pública em diversos municípios de Rondônia. Somente este ano ocorreram 91 casos, dos quais, dois óbitos no município de Cacoal, informou na terça-feira (5) a Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa). Em Rondônia, o agrotóxico é o primeiro na lista de intoxicações exógenas nas zonas urbana e rural. Da lista elaborada em pesquisa de campo pelo Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (Cerest) também constam medicamentos, raticidas, alimentos e bebidas, veneno doméstico, produtos de uso domiciliar e químicos. “Não é tão simples assim diminuir os impactos na saúde; a higienização de frutas e verduras, por exemplo, reduz, mas não elimina a contaminação” , alerta a coordenadora de vigilância em saúde de populações expostas a

Projeto de lei discute mudanças na legislação do agrotóxico no Brasil

Especialista alerta que alterações na legislação podem mascarar o perigo dos agrotóxicos para a população brasileira O  Brasil Rural  ouve nesta segunda-feira (04) o conselheiro do  Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) , Lucas Prates, quando ele expõe sobre o que pode significar a alteração na legislação dos produtos agrotóxicos. Os projetos de lei  6299/02  e  6670/16 propõem a mudança na legislação, começando pelo alterações na nomenclatura dos produtos agrotóxicos, que passariam a se chamar produtos fitosanitários ou produtos de controle ambiental. “Estão tentando dar um caráter inofensivo a esses produtos, quando a gente sabe que eles são tóxicos, eles são venenos”, afirma o conselheiro. O especialista ressalta que “é importante falar que a gente não se coloca contra os agrotóxicos simplesmete por ser contrário a questão. Existem alternativas viáveis de se produzir sem veneno, sem agrotóxicos. E isso está colocado, têm diversas experiênc